domingo, 19 de outubro de 2014

Rua Treze de Maio

A partir da segunda metade do século XIX a atual Rua Treze de Maio já possuía a denominação de Rua Direita. Na época, a via era bastante conhecida pelo fato de abrigar a residência de Major Floriano Berlintes de Castro. Ainda na década de 1860 ganhou calçamento que teve início no “canto do beco da Ordem Terceira” e se estendeu até a Rua Riachuelo. Em 1861, a Rua Direita viria a ser chamar Rua Direita dos Alemães – em razão da forte presença da etnia que transitava e realizava comércio na região.
O aspecto pacato e rural perdurou até os anos de 1880. Em 1886, com a inauguração do Passeio Público, o local passou a receber uma maior valorização. Alia-se a isto o fato de Curitiba ter vivido no período a prosperidade com o comércio da erva-mate e a exploração da madeira.
Destaque para as construções antigas da via, como por exemplo, a Casa dos Guimarães – destinada residência da alta burguesia no século XIX e que serviu de ponto comercial posteriormente. Após um incêndio em 1979, o local foi totalmente recuperado e atualmente é sede do Ponto de Cultura Solar dos Guimarães. A via também abriga o Teatro José Maria Santos – antigo Teatro da Classe e Teatro 13 de Maio; além do Lala Schneider; Edson D’ Ávila; e o Barracão EnCena.
Apesar das antigas pedras de paralelepípedos terem dado lugar ao asfalto em 1975, a Rua Treze de Maio ainda é característica do Centro Histórico com seus imóveis e prédios de baixa altura. O nome Treze de Maio veio em referência ao Dia da Abolição da Escravatura no Brasil, registrada em 13 de maio de 1888. A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel.
Referências:
FENIANOS, Eduardo Emílio. Manual de Curitiba: A cidade em suas mãos. Curitiba. UniverCidade. 2003. 160p.
IPPUC. Nome de Rua. Disponível em <http://ippucweb.ippuc.org.br>.
JORNAL DO CENTRO CÍVICO (Gilmar Filipack). Rua Treze de Maio: Sua história e seu tempo presente. 2004.

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