Palácio da Liberdade (Palácio Weiss), Rua da Lyberdade (rua Barão do Rio Branco). Data: início da década de 20. Foto: autor desconhecido. Acervo: Cid Destefani. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (13/04/1997)
Projetado pelo engenheiro italiano Ernesto Guaita e construído entre 1885 e 1890, o prédio se destinava a ser a residência do engenheiro austríaco Leopold Weiss, que ocupou cargos de chefia nos Correios e Telégrafos, tendo também atuado junto à Câmara Municipal de Curitiba. Ele se envolveu numa tumultuada polêmica no começo do século XX sobre qual seria a melhor forma de levar os telégrafos para o interior do Brasil.
Cartão-Postal
O prédio não chegou a ser utilizado como residência, pois no ano seguinte foi adquirido pela Fazenda nacional por 40 contos de réis. Posteriormente passaria a pertencer ao governo do estado que instalou ali sua sede por 30 anos, antes da mudança para o Palácio Garmatter, no Alto São Francisco. Exemplo da arquitetura eclética em Curitiba feita na virada do século XIX para o XX, o prédio, que se tornou sede do Museu da Imagem e do Som, passa já há algum tempo por reformas.
*****
Aspectos arquitetônicos
Texto extraído do site do Patrimônio Cultural do Estado do Paraná
"Assim como as demais obras de Ernesto Guaita, segue essa casa o ecletismo de gramática neoclássica greco-romana. Sua implantação, no alinhamento da testada mas afastada dos demais limites do terreno, e seu porte monumental expressam um partido arquitetônico presente, na época, apenas nas edificações mais nobres da cidade.
Foto: 1900 (Gazeta do Povo, 30/05/2010)
O acesso principal faz-se por uma porta central, mas lateralmente há dois portões, dispostos nas extremidades da fachada, sendo que o da direita dá para uma galeria, em arcas, abertas para o quintal. Ladeiam a porta principal e a separam dos portões laterais duas séries de três janelas. A fachada do pavimento superior, originalmente, era perfeitamente simétrica, formada por um conjunto de três portas dispostas entre dois pares de janelas. Atualmente, porém como resultado de uma das inúmeras modificações sofridas pelo monumento, o lado direito do andar superior estende-se pela galeria, ampliando para três os vãos de janelas e rompendo, dessa forma, a simetria da composição.
Localização do prédio na Barão do Rio Branco
O elemento de destaque da fachada é o balcão de guarda-corpo abalaustrado sustentado por quatro modilhões, para o qual se abre o conjunto de três portas do andar superior. Seguindo a linha da arquitetura neoclássica, o arremate superior do monumento é uma platibanda, sublinhada por cimalha, vazada por balaustres de massa – similares aos do balcão – e ornamentada por jarros do mesmo material. O parâmetro das paredes externas possui revestimento a bossagem. Todos os vãos externos são arco pleno, possuindo as janelas do sobrado sobreverga em frontão curvo e a do térreo chave de arco ornamentada com “máscara” de figura humana. Quatro colunas de ordem coríntia balizam o conjunto das três portas contribuindo para conferir caráter nobre ao edifício".
Detalhe da construção Foto: Washington Takeushi,
Nenhum comentário:
Postar um comentário