A família de Guerino Soffiatti e amigos em Guaratuba, no litoral do Paraná, em 1941. Na foto, do lado esquerdo, de óculos, está meu bisavô Guerino Soffiatti. Ao seu lado, a tia-avó Diva Bührer Soffiatti, minha avó Olga Soffiatti Biscaia, minha bisavó Rosinha Kluppel Soffiatti e a tia-avó Helena Carolina Soffiatti. No colo de minha bisavó, está minha mãe, Maria do Rocio Soffiatti Biscaia. Atrás, de chapéu, o pintor Guido Viaro, amigo da família e que passava temporadas hospedado na casa de Rosinha e Guerino, em Guaratuba. Naquele tempo, a temporada de praia acontecia no inverno para fugir do frio curitibano e evitar a "maleita" no verão, que infestava nosso litoral e só foi erradicada após a segunda guerra mundial, com o despejo aéreo de toneladas de inseticidas altamente tóxicos que afetaram a saúde de centenas de habitantes do litoral. Guerino Soffiatti era assíduo frequentador de Guaratuba desde a década de 1920, hospedando-se com sua família na antiquíssima Pensão Antonieta, após uma longa e atribulada viagem de trem à Paranaguá e de "diligência" até a Prainha de Caiobá, onde embarcavam em canoas - pertencentes a um alemão, de sobrenome Krüger - rumo à Guaratuba. Para avisar os canoeiros, atracados em Guaratuba, da chegada dos viajantes que desejavam fazer a travessia, soltavam rojões na prainha de Caiobá. Os Soffiatti adquiriram a sua casa por volta de 1930, que ainda existe, defronte à Baía de Guaratuba. A casa vivia cheia de convidados, parentes e visitantes. Segundo minha avó, a cozinha funcionava sem parar, o dia inteiro, para atender aos comensais. Outra curiosidade sobre estes tempos, é que meu bisavô Guerino jamais abjurou sua cidadania italiana e não se naturalizou brasileiro. Por isso, durante a segunda guerra mundial precisava pedir autorização à polícia (salvo-conduto) para deslocar-se ao litoral, considerado área de segurança nacional em tempos de guerra. Conservando a cidadania italiana, transmitiu-a aos seus descendentes.
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