sábado, 29 de novembro de 2014

O antigo quartel das Forças Federalistas (1894) tornou-se o Shopping Curitiba
A foto abaixo mostra a Praça Oswaldo Cruz em 1917, defronte o antigo quartel.
Praça Oswaldo Cruz em 1917

Mapas antigos de Curitiba

bl urbanismo 1914_zoneamento
Curitiba em 1914.
curitiba-mapa-antigo 1913 jws
Curitiba em 1915
 Mapa do Município de Curitiba no ano de 1953: A cidade estava concentrada só no pequeno núcleo em cinza, no meio do mapa.
Mapa de Curitiba em 1857 - Portal JWS
Mapa de Curitiba em 1857 – Portal JWS
Curitiba no ano de 1857.
http://www.jws.com.br/2014/11/1953-como-era-curitiba-ha-60-anos/

HISTÓRIA DO BAIRRO CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA


As origens do bairro se confundem com a história de Antonio e Catharina Gasparin, imigrantes italianos que se casaram e fizeram bodas de ouro no bairro. 

Proprietários de uma grande chácara e chefes de família numerosa (14 irmãos), trabalharam na construção da Estrada de São José. 

Essa estrada que levava a São José era de macadame até a porta dos Gasparin, razão pela qual a região onde se originou o Capão Raso era conhecida como o “Fim do Macadame´´.


Praça Capão Raso em 1958

Vila Araçá em 1960 no Capão Raso

A Estrada de São José dos Pinhais

A Estrada de São José dos PinhaisUm dos pioneiros do bairro, Francisco Derosso foi um dos que lutou pelas melhorias da antiga Estrada de São José dos Pinhais - Foto: Acervo João Derosso

A antiga Estrada de São José dos Pinhais ou o Caminho do Arraial, foi uma das primeiras vias de comunicação entre o litoral e a Vila de Corityba, está hoje dividida em dois trechos: Avenida Brasília entre a Praça Dante Gasparin (Novo Mundo) e a BR 116; Rua Francisco Derosso entre a BR 116 e a Linha Férrea, no Jardim Paranaense. Até 1950 os moradores do bairro mantinham a conservação da velha estrada. Tendo assumido a Prefeitura Municipal de Curitiba o engenheiro Lineu Ferreira do Amaral, o qual a convite de Francisco Derosso e Bôrtolo Gusso, visitou o bairro e participando de um almoço na residência de Francisco, ouviu as diversas reivindicações, sendo a principal a conservação e ensaibramento da única via de comunicação do bairro. Poucos dias se passavam e pela primeira vez, uma moto niveladora surgiu no bairro.

O prefeito encarregou Bôrtolo Gusso, a formar uma equipe para manter a conservação e alargamento da estrada. Utilizando-se de uma carrocinha e um arado, a equipe manteve a conservação e conseguiu alargar vários trechos. Todos os proprietários lindeiros concordaram espontaneamente na retirada de cercas e a estrada que em certos locais possuía apenas 10 metros de largura passou a ter 20 metros. Foram construídas galerias para escoamento das águas pluviais e feito o ensaibramento do trecho entre a Praça Dante Gasparin (Novo Mundo) e a Rua Prof. Valdemar Loureiro de Campos. O outro trecho, até a divisa com São José dos Pinhais possuía pouco tráfego, pois a ponte sobre o Rio Iguaçu havia ruído.

Em 31 de julho de 1962, vítima de acidente na BR 116, falecia Francisco Derosso e o prefeito Gal. Itiberê de Mattos, querendo homenagear um filho do bairro e grande batalhador pelo seu desenvolvimento, encaminhou à Câmara Municipal de Curitiba, mensagem denominando de "Francisco Derosso" o trecho da velha estrada, entre a BR 116 e a Linha Férrea, no Jardim Paranaense. Em 1964, na gestão do prefeito Ivo Arzua Pereira, foi reconstruída a ponte sobre o Rio Iguaçu e ensaibrado o trecho restante, possibilitando novamente a comunicação entre Curitiba e São José dos Pinhais. Novos loteamentos começaram a surgir, o bairro crescer e em 1974, na administração do arquiteto Jaime Lerner, para grande surpresa dos moradores, tiveram início as obras de asfaltamento da Avenida Brasília e da Rua Francisco Derosso e na gestão do prefeito Saul Raiz foi construído o viaduto sobre a BR 116.

Hoje a Rua Francisco Derosso é considerada uma das maiores coletoras de tráfego de Curitiba, atendendo uma região que representa um grande crescimento demográfico de nossa capital. Infelizmente, com a construção do novo traçado da ferrovia, foi interrompida a ligação com São José dos Pinhais, ligação esta que seria de grande valia para a região do Alto Boqueirão, Xaxim, Sítio Cercado e outros bairros ao redor.

Igreja São Francisco de Assis

Segunda parte da história da construção da Igreja São Francisco de AssisEm maio de 1968, desfiles de escolas marcaram as comemorações do primeiro aniversário da paróquia e a festa do Dia das Mães

Como responsável pelas obras, a comissão designou o companheiro e competente pedreiro, Humberto Higino Parolin. Teve início então, a campanha para obtenção do material necessário ao início das obras. O grande amigo do bairro, o Major Ney Aminthas de Barros Braga, na época Prefeito Municipal de Curitiba, determinou que a prefeitura fornecesse toda a pedra maroada (bruta, quebrada) e a brita, para o alicerce. Quanto aos tijolos e areia, o presidente da Comissão, Francisco Derosso, procurou seus amigos oleiros de Umbará, conseguindo a doação de 80% dos tijolos e a totalidade da areia necessária. Com o início das obras, a comunidade recebeu grande injeção de ânimo e as contribuições melhoraram. As reuniões festivas eram cada vez maiores e os festeiros sorteados, sempre contribuíam.

Feita a cobertura da igreja, possibilitou-se a realização de missas, uma ou duas vezes por mês. Os padres da Igreja Nossa Senhora da Conceição, da Vila Fanny e da Igreja Santa Rita de Cássia, da Vila Hauer, quando possível vinham celebrar a Santa Missa, principalmente os abnegados, Pe. Afonso Robe, da Vila Fanny e Pe. Pedro Paulo, da Santa Rita de Cássia. Com a chegada da rede elétrica no bairro, em 1958 e a igreja já coberta, reuniões noturnas, encontros de lideranças e a reza do terço, começaram a ser realizadas no período da noite. Foi lançada a campanha para a confecção do vitraux (janelas coloridas com motivos religiosos) e as principais famílias que contribuíram, tiveram seus nomes gravados. A campanha do piso e dos bancos, também teve amplo sucesso. O altar foi doado pelo senhor Pedro Minolli, proprietário dos Armazéns Esmeralda e o projeto, foi do arquiteto Panek. Era todo em ferro trabalhado e de difícil execução. As imagens de Jesus Crucificado e São Francisco de Assis, bem como poltronas e tapetes, foram doados pela família João Derosso.

A imagem de São Francisco de Assis foi trazida em procissão motorizada, partindo da Igreja do Senhor Bom Jesus, da Praça Rui Barbosa, sendo recebida com cantos, queima de fogos e grandiosa festa, durante todo o domingo, de sua chegada. Com o funcionamento, a partir de 1960, do Seminário dos Josefinos, a comunidade católica do bairro do Xaxim, passou a contar com a colaboração dos padres e seminaristas, para a realização missa, aos domingos, que era celebrada pelos Padres Bernardino e Onofre, primeiros reitores do seminário.

Com a explosão demográfica do bairro, fazia-se necessário um pároco residente. Atendendo apelo dos moradores, em maio de 1967, o Arcebispo de Curitiba, dom Pedro Fedalto, criou a Paróquia de São Francisco de Assis, nomeando seu primeiro vigário, o Padre Miguelangelo Ramero, que posteriormente, auxiliado pelos padres João Rochia e Aloise Gogola, desenvolveram um grande trabalho, na criação das diversas comunidades eclesiais nas vilas que pertenciam ai bairro do Xaxim.

O padre João Rochia desenvolveu atividades junto aos jovens, promovendo encontros, montando peças teatrais e várias atividades recreativas. Na gestão do Pe. Michelangelo e por sugestão do Dr. Guilherme Lacera Braga Sob. e da médica Zilda Arns. Ambos de saudosa memória, foi fundado o Centro de ação Social São Francisco de Assis (CASSFA), tendo como 1º presidente, a Sra. Terezinha Pietruza Derosso, com a finalidade de prestar assistência às famílias carentes. Este centro que prestou e vem prestando serviços de assistência às famílias e as crianças, com a criação da Paróquia de São Pedro Apóstolo, no Jardim Urano e, a pedido do Pe. Michelangelo foi transferido para aquela paróquia, para atender ao grande número de famílias carentes da região. Continua na próxima edição...

boqueirao

Os primeiros registros da região datam do ano de 1856. As terras que deram origem ao bairro faziam parte da Fazenda Boqueirão, de propriedade do Coronel Manoel Antônio Ferreira. A área tinha 1.000 alqueires e era utilizada para a produção de gado. Tinha solo fértil e mata nativa.
Com a morte do coronel, a terra começou a ser partilhada entre os filhos. Já no ano de 1982, o último lote foi vendido.
Casas BlumenauCasas Blumenau
Participaram também na colonização da região, os imigrantes russos, denominados Menonitas. Surgiram igrejas, escolas e um cemitério.
O Colégio Erasto Gaetner e o Cemitério Municipal Boqueirão existem até hoje.
Linha de Ônibus Eixo Boqueirão em 1977
Linha de Ônibus Ano 1977

bairro de São Braz, Curitiba, PR

A Noroeste da cidade de Curitiba, e vizinho a Santa Felicidade, Orleans, Butiatuvinha e Santo Inácio, o São Braz é um dos bairros que vem passando por grande desenvolvimento e valorização na última década, devido a sua localização e fácil acesso.O bairro foi povoado mais intensamente a partir da década de 70, com a implantação de núcleos habitacionais e condomínios, mas ainda apresenta grande potencial de crescimento.
 O eixo comercial se desenvolve, principalmente, ao longo da Avenida Vereador Toaldo Túlio, que cruza todo o Orleans, São Braz e Santa Felicidade.
O bairro foi denominado São Braz por causa da devoção de seus moradores ao santo. A história da região confunde-se com a da Colônia Orleans, por terem as mesmas características, e seus habitantes, o mesmo estilo de vida rural antes da urbanização.
O cultivo de cereais e a criação de suínos e bovinos eram as principais atividades desenvolvidas pelas famílias que ocupavam as únicas quatro extensas chácaras da região. Assim foi até meados de 1970, quando as chácaras começaram a ser loteadas.
Uma das referências do bairro é o clube Três Marias, famoso pelos eventos e festas realizados com frequência e bastante frequentado pelos moradores da região.
Com as melhorias que foram sendo implantadas a medida que o bairro crescia, vieram os equipamentos públicos como escolas, posto de saúde e creches, e também o terminal de transporte coletivo de Santa Felicidade com a Rua da Cidadania em anexo.
Fonte: Wikipédia

Dados
Área 5,01 km²
População 23.119 hab.
Densidade 46,18 hab/km²
 

Bairros Limítrofes
Butiatuvinha, Orleans, Santa Felicidade e Santo Inácio.
 

Principais Vias
Avenida Vereador Toaldo Túlio
Rua Antônio Escorsin
Rua Ângelo Massignan
Rua Magdalena das Chagas Lima
Rua José Tomassi
 

Pontos de referência
Santuário de São Brás
Sociedade São Brás


Rua Antônio Escorsin, 2574
Rua Antônio Escorsin, 2574
Casa de Pedro Boscardin e  Diolanda Túlio Boscardin
Hospital Evangélico completa 50 anos hoje: construção conta um pouco da história de Curitiba



Dificilmente os moradores mais jovens de Curitiba sabem desta história: há 50 anos, no bairro Bigorrilho, brilhava uma estrela diferente daquela que as pessoas estão acostumadas a ver. Ela era de concreto e tinha como missão dar suporte aos carentes que precisavam de atendimento médico. Foi o pontapé inicial para a criação do hospital que hoje é conhecido como Evangélico. É verdade que da estrela sobram apenas alguns vestígios. Mas as fotos estão aí para provar que a obra chamava muito a atenção.

O projeto de construção do hospital foi importado dos Estados Unidos: a ideia era transformar cada uma das cinco pontas da estrela em uma ala de tratamento médico, totalizando 90 leitos. O problema é que dez anos após a inauguração do hospital, foi criada a Faculdade Evangélica de Medicina: para que o curso funcionasse, os alunos precisavam de um hospital escola com mais leitos. A estrela do Bigorrilho, então, começou a perder a sua forma.

A solução encontrada foi construir um prédio em cima do outro. Os espaços vazios entre as pontas da estrela foram usados e ganharam paredes de concreto e mais 310 leitos: os dois edifícios, construídos um em cima do outro, inicialmente, não se comunicavam. Só mais tarde eles foram integrados. Hoje, restam apenas as pontas do pentágono, que ainda podem ser vistas no Hospital Evangélico.

Primeiro paciente

O curioso, na época, é que o hospital ficava em uma região inóspita de Curitiba. Estava localizado em cima de um morro com estradas de chão batido, por isso as pessoas sofriam para chegar ao local. No dia da inauguração, choveu tanto que alguns carros atolaram. O prefeito, general Iberê de Mattos, conseguiu subir com o carro, porém sofreu um pequeno acidente que fez com que ele se tornasse o primeiro paciente do Evangélico. Quando Iberê foi descer do veículo, seu dedo ficou preso na porta.

O projeto do hospital mobilizou a cidade inteira, porque foi construído com doações. Um bolo no formato da maquete do prédio foi assado e ficou um dia inteiro em exposição nas Livrarias Ghig*none, na Rua XV de Novembro. Foi feita uma rifa do bolo para arrecadar dinheiro. O vencedor foi um estudante universitário que, na época, morava na Casa do Jovem Batista Paranaense. Ele e todos os estudantes da república comeram o bolo durante uma semana. De**talhe: o sortudo, André Zacharow, 30 anos depois se tornou presidente da Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), que foi a responsável pela construção do hospital.

Mas o sonho de ver a estrela brilhar no Bigorrilho demorou para acontecer. Em 1943, sete senhores evangélicos representantes das igrejas Metodista, Batista, Pres* biteriana e Congregacional se reuniram para discutir a formação de uma instituição de cunho beneficente, voltada ao atendimento médico-hospitalar. Era tempo da Segunda Guerra Mundial e Curitiba não dispunha de muitas opções para tratamento especializado de saúde. A ideia só foi concretizada 16 anos depois, quando eles conseguiram juntar a quantia em dinheiro necessária para a construção.

“Houve dificuldade na arrecadação dos recursos. Não afirmaria que sofremos preconceito porque a população era, majoritariamente, católica. Mas posso dizer que a liberdade religiosa hoje é bem diferente”, afirma o conselheiro da SEB pastor Avelino Ferreira.

As mulheres foram as que mais contribuíram para angariar recursos. Além de fazer o bolo, uma delas, a senhora Olinta Palmquist, bordou uma toalha com o nome dos 939 benfeitores – até hoje a peça é usada nos principais eventos do Hospital Evangélico.

O diretor-geral do Hospital Evangélico, Constantino Miguel Neto, foi o primeiro aluno da turma de Medicina da Faculdade Evangélica. Ele lembra da dificuldade, na época, para passar no vestibular. “A prova era discursiva. Havia muitos candidatos e poucas vagas. A Univer*sidade Federal tinha 120 vagas, mas passaram 200 alunos – era preciso tirar nota acima de quatro. Quando foi solicitado ao governo federal a abertura da Faculdade Evangélica, o critério para a liberação era de que os alunos excedentes da Federal deveriam fazer o curso lá. Sorte nossa”, conta.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Origem e história do bairro Água Verde de Curitiba

Origem e história do bairro Água  Verde de Curitiba pelas algas do  rio
nas águas do Rio Belém, no Prado Velho, foi a fonte inspiradora para o nome do bairro. O primeiro nome da região, Colônia Dantas, deve-se ao fato de ali residirem, no século passado, inúmeras famílias italianas. Nessa época era frequente a visita de caçadores e pescadores devido à existência de mata cerrada e riacho de muitos peixes.

História do Bairro Água Verde:

A povoação do bairro da Água Verde, como a da maioria dos bairros de Curitiba, começou a se intensificar a partir do século XIX. Junto aos da terra, em meados do 1800, vieram os imigrantes italianos que, já em 1888, tinham edificado a primeira igreja do bairro.

A Água Verde cresceu principalmente depois da década de 1940: as antigas chácaras foram loteadas, ruas abertas e, hoje, é um bairro densamente povoado e cortado por vias estruturais que servem ao transporte coletivo de Curitiba.

As algas que formavam massas verdes e davam uma coloração esverdeada à água doce, levaram os antigos moradores da região a batizar o rio que cortava suas fazendas e chácaras com o nome de Água Verde.

A origem do nome vem do ribeirão Água Verde, que nasce e corta a região, desaguando no Rio Belem. Este ribeirão hoje está totalmente canalizado.

O Bairro Água Verde juntamente com os bairros do Batel, Bigorrilho, Portão e Jardim Social, formam os cinco bairros mais nobres de Curitiba.

No bairro Água verde esta a Praça do Japão que é um verdadeiro memorial da imigração japonesa na cidade.

No bairro está o Clube Curitibano, importante clube recreativo da cidade e também presente no bairro o Cemitério Água Verde, um dos mais nobres e é um dos cemitérios com os lotes mais caros de Curitiba, onde descansa personalidades famosas e pessoas conhecidas, como a Zilda Arns, Poty Lazzarotto e vários outros.

O bairro do Água Verde mescla residências e edifícios de alto padrão com uma variedade de pontos comerciais, como lojas, restaurantes, hotéis entre suas vias e avenidas de grande circulação e outros pontos muito conhecidos e de grande visitação Arena da Baixada, Parque Afonso Botelho
Clube Curitibano, Praça Hee Wing, Shopping Água Verde, Supermercados Angeloni, Pão de Açúcar, Condor, Festval.

Suas Principais Vias de Acesso são:

Avenida Presidente Getúlio Vargas
Avenida Sete de Setembro
Avenida Iguaçu
Avenida Silva Jardim
Avenida República Argentina
Avenida Água Verde
Avenida Presidente Kennedy
Avenida dos Estados
Rua Petit Carneiro
Rua Brasílio Itiberê
Rua Saint-Hilaire
Rua Alferes Ângelo Sampaio
Rua Dr. Alexandre Gutiérrez
Rua Guilherme Pugsley
Rua Castro
Rua Professor Luiz César
Rua Alcebíades Plaisant
Rua Nestor Victor
Rua Buenos Aires
Rua José Cadilhe
Rua Bento Viana
Rua Pasteur
Rua Maurício Caillethttp://www.curitibaantiga.com/fotos-antigas/187/Origem-e-historia-do-bairro-Agua-Verde-de-Curitiba-pelas-algas-do-rio.html

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Fazendinha


História do Bairro
Duas sesmarias foram entregues no vale do Barigui: a primeira, para Baltazar Carrasco dos Reis, a outra, abrangendo parte do atual bairro Fazendinha, foi cedida a Mateus Martins Leme, sete anos depois. Havia uma trilha, muito utilizada, que unia a estrada de São José à dos Campos Gerais e facilitava a trajetória do gado e das tropas que, naquela época, desciam para o litoral, vindos dos campos gerais. Ao chegarem em Curitiba, as tropas serviam-se do caminho de São José do Arraial para prosseguirem viagem. A trilha citada era então chamada de “Atalho da Fazendinha” ou do “Rodeio”, por fazer a ligação entre o Campo Comprido e o Portão, reduzindo em algumas léguas a viagem.

Água Verde


História do Bairro
As algas que formavam massas verdes e davam uma coloração esverdeada à água doce, levaram os antigos moradores da região a batizar o rio que cortava suas fazendas e chácaras com o nome de “Água Verde”. O rio Água Verde, que nasce e cruza toda a extensão do bairro, até desaguar nas águas do Rio Belém, no Prado Velho, foi a fonte inspiradora para o nome do bairro. O primeiro nome da região, “Colônia Dantas”, deve-se ao fato de ali residirem, no século passado, inúmeras famílias italianas. Nessa época era frequente a visita de caçadores e pescadores devido à existência de mata cerrada e riacho de muitos peixes.

Fanny


História do Bairro
Localizado na parte sul da cidade, entre os bairros Novo Mundo, Lindóia, Parolin, Hauer e Xaxim, o Fanny (anteriormente chamado de Vila Fanny) é um bairro novo, caracterizado pela presença de uma série de indústrias e por uma população bastante ativa. O canteiro central da Av. Wenceslau Braz, durante muito tempo abandonado, foi transformado com a criação, em 1981, de uma área de lazer e animação que contribuiu para a valorização da região - o Eixo de Animação Wenceslau Braz.

Tatuquara


História do Bairro
O Tatuquara é um dos bairros mais extensos de Curitiba. Está localizado a sudoeste e a 19 quilômetros do centro da cidade, entre o Pinheirinho, o Sítio Cercado, o Umbará, o Campo de Santana, a CIC e o município de Araucária. O primeiro loteamento aprovado na Prefeitura Municipal data de 18 de novembro de 1965. É neste bairro que encontra-se o Ceasa - Central de Abastecimento, e dele também fazem parte as vilas Pompéia, Santo Antonio e as Moradias Palmeiras. No coração do bairro, a Igreja de Santa Ana desponta dentro de uma imensa área verde.

Capão Raso


História do Bairro
As origens do bairro se confundem com a história de Antonio e Catharina Gasparin, imigrantes italianos que se casaram e fizeram bodas de ouro no bairro. Proprietários de uma grande chácara e chefes de família numerosa (14 irmãos), trabalharam na construção da Estrada de São José. Essa estrada que levava a São José era de macadame até a porta dos Gasparin, razão pela qual a região onde se originou o Capão Raso era conhecida como o “Fim do Macadame”.

Cidade Industrial


História do Bairro
A CIC é o maior bairro de Curitiba. Ela corresponde ao distrito industrial da cidade e foi concebida como o motor do desenvolvimento industrial do município e como uma área urbana provida de todos os serviços necessários. Criada em 1973, como resultado de convênio entre a URBS e o governo do Estado do Paraná, a CIC tem crescido muito nos 26 anos de existência, não só nas áreas destinadas à localização de indústrias, mas também nas zonas de habitação. Quando foi implantada, a CIC parecia ficar distante do centro da cidade, mas nos dias atuais, com a modernização do transporte coletivo, está muito bem dotada por este sistema, possuindo um terminal e várias linhas de ônibus.

75 Cidade Industrial Delimitação:
Inicia na Br-116, em Tatuquara, no cruzamento com a nova estrada de ferro – trecho Engº Bley – Curitiba, por esta até o rio Barigui, por esta a montante até o córrego que é divisa dos Municípios de Curitiba e Araucária, por este numa distância de 850,00 metros até a estrada velha do Barigui (1-1.040), por esta em direção norte numa distância aproximada de 1.750,00 metros até o cruzamento com uma estrada carroçável, desse cruzamento por uma linha seca rumo 19º, numa distância de 1.00,00 metros até a estrada código ligação 1041, por esta em direção norte até a rua Raul Pompéia, antiga estrada da Colônia Augusta, por esta até a estrada da Irradiação, por esta em direção norte até a estrada de código 1131 1, por esta até a rua Pedro Cruzeta, por esta até a rua Eduardo Sprada (antiga estrada de Campo Largo), desse cruzamento por uma linha seca até o marco quilcrétrico nº 6 (seis) da BR-277, por esta até o quilômetro 4 no cruzamento com a rua João Falarz, por esta até o loteamento Domingos Zanlorenzi e planta Campo Comprido, contorna esses loteamentos a oeste e segue ao sul pelo rio Campo Comprido até o rio Barigui, por este a jusante, até o contorno ao sul dos loteamentos Francisco Klentz, Santa Amélia e Santa Ana até o Cemitério Jardim da Saudade, pelo sul até a rua João Bettega, por esta a rua General Potiguara, por esta até a rua Pedro Gusso, por esta até o início do córrego Capão Raso, por este até o Ribeirão do França, por este, a montante, até uma estrada carroçável, daí por esta contornando terras do Ministério do Exército até a Br-116, por esta rodovia até a nova estrada de ferro ponto de partida.

Pinheirinho


História do Bairro
A Fazenda Pinheirinho localizava-se numa região que era conhecida, no começo do século XIX, como Capão do Alto, formada por campos e capões, cortados por pequenos arroios, e com a presença esparsa de pinheiros (de onde viria a tirar o seu nome). O bairro Pinheirinho, formado, no passado, por várias fazendas de gado, era chamado pelo nome “Capão dos Porcos” devido à grande criação desses animais, que passavam todos os dias pela atual via rápida, antigamente rua Olho D’água. A Avenida Winston Churchill, sua principal via de acesso, era conhecida como “Carrerão dos Pretos”.

Rua das Flores - Rua XV de Novembro - Avenida Luís Xavier



Esta rua nasceu no século 19, com mudança de vários nomes, devido a questões políticas, ampliou-se e hoje é a rua que os curitibanos fazem suas compras, com segurança, pernanecendo na memória de quem viveu e ainda vive esta história. Planos, medidas e ações. Memórias, que até hoje, são lembradas por poucos. Políticos, empresários tradicionais, entre outros personagens que planejaram a capital.

Em 26 de julho de 1854, quando Curitiba foi declarada oficialmente capital da Província do Paraná, um mapa da cidade já revelava a existência da Rua das Flores, então com apenas três quadras, no trecho entre as atuais Ruas Dr. Muricy (então Rua da Assembléia) e Barão do Rio Branco (à época, inexistente).
As casas de madeira e seus jardins com cercas e floridos, justificando o nome da rua, contrastavam com a lama, em dias de chuva, e o pó, em dias quentes.

Curitiba tinha então 5.819 habitantes e 308 casas. A iluminação pública era feita com 30 lampiões, alimentados a azeite de peixe. Três anos depois, existiam na cidade as Ruas Carioca de Baixo (depois do Comércio, atual Marechal Deodoro), paralela à Rua das Flores, e seu prolongamento ao Sul a Rua da Entrada, depois Aquidaban e atual Emiliano Perneta.

Confira o conteúdo em leia mais.:.


As Ruas da Assembléia e do Rosário eram as principais transversais. Ao Norte, acima do Páteo da Matriz (atual Praça Tiradentes), estavam as ruas fechadas (José Bonifácio), Direita (13 de Maio) e Saldanha Marinho (Presidente Carlos Cavalcanti). E a Leste, as ruas do Nogueira (Barão do Serro Azul), do fogo (São Francisco), da Carioca (Riachuelo) e a Estrada da Marinha, atual Avenida João Gualberto, saída para quem se dirigia ao Litoral.

A visita de D. Pedro II e comitiva imperial à cidade, em 1880, transformou Rua das Flores em Rua da Imperatriz e a sua paralela, até então Rua do Comércio, em Rua Marechal Deodoro, nome oficial até 1889, homenagem à imperatriz Thereza Christina. Com a proclamação da República, e que resultou no exílio dos monarcas, passou a se chamar Rua 15 de Novembro.

Mais um pouco da sua história

1850 - A Rua das Flores consta do primeiro mapa oficial da cidade e tem três quadras, ligando o Rua do Jogo da Bola, depois da Assembléia (Dr. Muricy) à ainda inexistente Rua da Liberdade (Barão do Rio Branco). Os jardins são floridos, mas a rua tem muitos buracos, pó e lama. A cidade tem 308 casas e 5.819 habitantes.

19 de dezembro de 1853 - Emancipação do Paraná da Quinta Comarca de São Paulo. A paralela da Rua das Flores, onde se concentra o comércio, e a Rua Carioca de Baixo, depois do Comércio, atual Marechal Deodoro.

1871 - Surge o Largo do Oceano Pacífico, que no ano seguinte muda de nome e passa para Largo General Osório. O espaço surge simultaneamente à abertura da Estrada do Matto Grosso (atual Rua Comendador Araújo). Até então, a área onde também se encontra a atual Avenida Luís Xavier é um grande banhado.

1880 - O imperador D. Pedro II e a mulher, Thereza Christina, visitam Curitiba. A Rua das Flores passa a se chamar Rua da Imperatriz. E a área central que servia de depósito de lixo que é a atual Praça Santos Andrade, de Largo Thereza Christina.
É nesse período que começa a existir o trecho mais tarde conhecido como Avenida Luiz Xavier, que liga a Praça Osório à Travessa Oliveira Belo. Homenagem ao primeiro prefeito reeleito de Curitiba, que também foi deputado estadual, federal e secretário do Interior, da Justiça e das Finanças do Paraná.
De estreita e mal-iluminada, a rua de construções acanhadas ganhou novo visual no início do século 20, quando ali se instalaram nomes tradicionais do comércio como: Wendler, Glaser, Hauer e outros, vendendo de secos e molhados ferragens e cristais a roupas feitas, tecidos importados, chapéus e calçados.

1901 - A Prefeitura executa obras de paisagismo na Praça Osório, com o plantio de árvores alinhadas. Em 1909, a praça recebe os primeiros monumentos. A Rua 15 também se tornou endereço de alfaiates, modistas, lojas de jóias e presentes finos, além de confeitarias, cafés e restaurantes, bem como hotéis que marcaram época. Não tardou para que, ainda na década de 1920, surgissem os dois primeiros prédios no trecho da Avenida Luís Xavier: o Palácio Avenida, mandado construir pelo imigrante libanês Feres Mehry, e o Edifício Garcez, o primeiro "arranha-céu" de Curitiba, homenagem ao seu construtor, o engenheiro e prefeito João Moreira Garcez.

1913/1914 - Na gestão do prefeito Cândido de Abreu, a Praça Osório recebe melhorias e tratamento paisagístico. A praça ganha um relógio, doado pela comunidade, montado sobre um pedestal de granito, que marca o horário oficial da cidade, e que fica a poucos metros do acesso principal, para quem chega a Avenida Luiz Xavier.

Primeira década do século 20 - De estreita, mal-iluminada e empoeirada, a Rua 15 de Novembro, que já se estende até à altura da atual Rua Ébano Pereira, ganha pavimentação com paralelepípedos e atrai tradicionais casas comerciais citadas anteriormente.

1929 - O imigrante libanês Feres Mehry constrói o Palácio Avenida no final da Rua 15 e início da Avenida Luiz Xavier. No outro extremo, junto à Praça Osório, no mesmo ano, Moreira Garcez constrói o primeiro "arranha-céu", o Edifício Garcez, com oito pavimentos, e que durante algum tempo foi o terceiro mais alto do Brasil.

1930 - A Avenida Luiz Xavier muda de nome e passa a se chamar João Pessoa. Homenageia o político paraibano, candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas à Presidência da República, em 1930, assassinado por questões políticas na Paraíba. A avenida volta a ter o nome original a partir de 1966.

Década de 1930 - A Rua 15, ainda estreita, é o principal via central, passagem obrigatória de todo o tráfego de veículos e de inúmeras linhas de ônibus que circulam no sentido Oeste/Leste. A Avenida Luiz Xavier passa a ser conhecida como Cinelândia, porque reúne quatro cinemas na área: o Avenida, que funcionava no Palácio Avenida; o Palácio, no Edifício Garcez, além dos Cines Odeon e Ópera, ao lado oposto dos prédios. O período áureo dos cinemas dura até a primeira metade dos anos 70.

1934 - Inaugurada a primeira sede curitibana dos Correios e Telégrafos, na esquina das ruas 15 de Novembro e João Negrão. Todo em granito, o prédio segue a arquitetura típica dos prédios públicos construídos no governo Getúlio Vargas.

1938 - Iniciada a construção do Braz Hotel, na Avenida Luiz Xavier, 65. Com projeto do engenheiro João Wenceslau Ficinski Dunin (pai do arquiteto e ex-presidente do Ippuc e Sedu, Lubomir Antonio Ficinski Dunin), o prédio tem 10 andares e é o segundo "arranha-céu" da cidade. O novo hotel, administrado pelo casal Luiz e Maria Cândida Braz, inaugura-se em 1941.

Final da década de 30 a meados da década de 40- Durante a 2ª Guerra Mundial (1939/1945), a maior parte dos veículos que circulam na cidade são movidos a gasogênio. Tambores que queimam carvão, instalados na parte traseira dos carros, substituem a gasolina, cara e praticamente inexistente durante o período do conflito. O combustível alternativo polui a região central.

1943 - Implantado em Curitiba o plano do urbanista francês Donat-Alfred Agache, que dava à cidade uma nova ordenação de seu espaço urbano. As prioridades incluíam o saneamento, descongestionamento de ruas e estruturação de centros para permitir o desenvolvimento da vida social e cultural. Entregue na gestão do prefeito Alexandre Beltrão, o plano só foi parcialmente implantado, dele restando as grandes avenidas, as galerias pluviais da Rua 15 de Novembro, o recuo obrigatório de cinco metros para novas construções - como a Galeria Agache, na Rua 15, entre as ruas Monsenhor Celso e Marechal Floriano, e previsão de áreas para o Centro Cívico, o Centro Politécnico e o Mercado Municipal.

Década de 1950 - A Rua 15 e a Avenida Luiz Xavier são referências para encontros de parte da população nas livrarias, cafés, lojas de artigos finos e restaurantes. Predominam os veículos importados e o footing das alunas da Escola Normal (Instituto de Identificação) e do Colégio Estadual do Paraná.

Em 1957 na Boca Maldita, surgiram as salas de projeção cinematográfica, transformando a região na chamada Cinelândia. Além do Cine Avenida, no edifício homônimo e do Cine Palácio, inclusive não deixando assistir os filmes, sem o uso do paletó, no Garcez. Ali funcionavam ainda os cines Odeon e Ópera, e na Rua Voluntários da Pátria, o Cines Curitiba. Era tradicional a troca de gibis, entre a mulecada, fora do Cines Curitiba para arrecadar dinheiro para entrada.

Anos mais tarde, também se instalaram à poucas quadras da avenida os cines Arlequim, na Rua Cândido Lopes, e o Luz, que em uma chuva muito forte os espectadores corriam para fora. Situado até hoje e em funcionamento na esquina das ruas Marechal Deodoro e Dr. Muricy, defronte à Praça Zacarias.

1964 - O prefeito Ivo Arzua Pereira acata a proposta elaborada por estudantes e professores de Engenharia e Arquitetura da Universidade Federal do Paraná, que acreditavam no desenvolvimento urbano e num planejamento ordenado para Curitiba. Os recursos para o projeto vêm da Companhia de Desenvolvimento do Paraná - a Codepar, depois transformada em Banco de Desenvolvimento do Paraná - Badep. Após concorrência nacional, vence a empresa Serete, de Isaac Milder, que, com o urbanista Jorge Wilheim e técnicos da Prefeitura de Curitiba, faz o Plano Diretor. Os trabalhos são coordenados pela recém-criada Assessoria de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Appuc), que em 1965 se transforma em Instituto - o Ippuc.
Até o final de sua gestão, em 1966, Arzua também revitaliza o centro, alargando as ruas 15 de Novembro, Marechal Deodoro e Cruz Machado, entre outras. Constrói uma pérgola em concreto armado na também alargada Travessa Oliveira Belo.

1971 - Jaime Lerner, ex-presidente do Ippuc, assume como prefeito e implementa o Plano Diretor, promovendo mudanças básicas na economia, no espaço físico da cidade e nos costumes da população. O adensamento urbano se dá ao longo dos eixos estruturais, por onde também trafega um novo sistema de transporte de massa de grande capacidade.
No mesmo ano, por intermédio de um decreto, o município cria e define os limites do chamado Setor Histórico. Abriga a parte antiga da cidade, onde estão ruas e construções que serão preservadas. A área é parcial, ou totalmente, bloqueada ao tráfego, privilegiando-se a circulação de pedestres. O Setor compõe-se basicamente pelas Ruas José Bonifácio, São Francisco, Duque de Caxias, Saldanha Marinho e trecho da Mateus Leme. O Largo Coronel Enéas (da Ordem), Rua Claudino dos Santos, Praça Garibaldi, e Ruas Jaime Reis e Dr. Keller.

Até 1972, a principal rua central servia de passagem para várias linhas de ônibus no sentido Leste/Oeste e endereço de footing. Primeiro com carros importados, com Vanguard, Buick, Austin, Ford Taunus, Oldsmobile, Packard e De Soto, os motoristas flertavam as alunas da Escola Normal e do Colégio Estadual do Paraná que faziam da Rua 15 a passarela obrigatória.

Com o advento da indústria automobilística nacional, o ir e vir passou a ser feito a bordo dos sempre lembrados Fuscas, de Sinca Chambord, Renault Dauphine e Gordini, DKW Belcar ou Vemaguet, e mais tarde pilotando-se Chrysler Esplanada ou Dart, Charger, Ford Corcel, Chevrolet Opala, Volks Zé-do-Caixão ou Variant, bem como as Brasílias e ousados modelos como SP-2 e Brasinca Uirapuru.

Com a inauguração do calçadão, em 1972, os carros deixaram a cena e a rua foi tomada pelos pedestres. Em 30 anos, casarões deram lugar a edifícios, o comércio mudou de perfil e vende produtos populares nos shoppings direto da fábrica, mas alguns endereços tradicionais sobrevivem.

Os hábitos de quem anda pela Rua 15 mudaram. As passadas largas foram trocadas por um bate-papo com amigos nas mesas em plena rua e defronte aos bares, um café ou uma olhada nas vitrines de lojas, hoje protegido pelas câmeras que monitoram o trecho que vai da Universidade Federal à Praça Osório. Um seguro shopping a céu aberto.

1972 - O ano começa com o bloqueio parcial da Rua 15 de Novembro e Avenida Luiz Xavier aos carros. O trecho entre a Praça Osório e a Rua Dr. Muricy se transforma em estacionamento administrado pela Urbs. O Proparq antecede o atual Estacionamento Regulamentado (EstaR). Permite-se apenas o estacionamento em frente, no trecho delimitado por correntes e guaritas. Na sexta-feira, 18 de maio, após às 18h e encerramento das ações do Poder Judiciário, o trecho é transformado em calçadão exclusivo para pedestres. As obras realizam-se em 48 horas, no final de semana, impedindo a interposição de liminares pelos comerciantes revoltados com a medida.
O calçadão ganha moderno e exclusivo mobiliário urbano, predominando o acrílico. Domos e luminárias são marca registrada do novo visual. Carros dão lugar às mesas espalhadas sobre a calçada, dando à rua ares de boulevard francês. Os carros contornam o centro preservado pelo Anel Central de Tráfego Lento.

Também fecham-se as transversais Monsenhor Celso (trecho Marechal Deodoro/Praça Tiradentes); Travessa Oliveira Bello, integrando-a à Praça Zacarias; e a rua que margeia o casario paralelo às praças Generoso Marques/Borges de Macedo. Ainda é redesenhado o espaço do Marco Zero, defronte à Catedral.

Início de 1974 - Concluídas as obras do calçadão da Rua Senador Alencar, ligando a Praça Osório à Ruy Barbosa, que também passa por remodelações para se tornar o maior terminal central do Sistema de Ônibus Expresso. O pedestre já pode ir da Praça Ruy Barbosa ao Setor Histórico, atravessando apenas alguns cruzamentos transversais ainda abertos aos carros no centro.

1996 - Concluídas as obras de remodelação que transformam a Praça Ruy Barbosa no maior e mais moderno terminal central de transporte. Além da grande esplanada, novo mobiliário urbano, com destaque para as estações-tubo que recebem os usuários dos recém-implantados ônibus expressos biarticulados. Cada veículo tem 25m de extensão, e os tubos substituem os antigos domos de acrílico instalados nos pontos de embarque e desembarque.

Agosto de 1997 - O prefeito Cassio Taniguchi anuncia a revitalização do centro urbano a partir da Rua Comendador Araújo, que será alargada da Rua Visconde de Nácar ao Batel, implantada saíndo do Instituto Paranaese de Cegos na Rua Visconde de Guarapuava ganhando a primeira pista tátil do país, para portadores de deficiência visual. As obras de infra-estrutura para evitar cheias na região, com investimentos de R$ 514 mil, iniciou em janeiro de 1998. Foram executadas em seis meses. A rua foi inaugurada com nova iluminação, pista de rolamento mais estreita e calçadas mais largas, com toda infra-estrutura e novo mobiliário.

Durante o ano, a prefeitura conclui o calçadão da Rua 15 de Novembro, completando o trecho que vai da Rua Monsenhor Celso à Rua Presidente Faria, junto ao Correio Velho. O trecho Praça Osório/Monsenhor Celso foi executado em 1972.

Início de 1999 - O prefeito anuncia para o início do segundo semestre as obras de revitalização do calçadão da Rua 15 de Novembro, e também da Praça Osório. É a primeira vez que o complexo sofrerá remodelações, 27 anos após sua implantação. Também anuncia a instalação de câmeras de vídeo, monitoradas numa central a ser construída na praça, reduzindo risco de assaltos a pedestres da Avenida Luiz Xavier à Rua Presidente Faria.

Ano 2000 - Durante todo o ano, as obras iniciadas na segunda metade de 1999, reúnem a prefeitura e várias concessionárias de serviços, agilizando os trabalhos e evitando atraso no cronograma, o que ocorre pela primeira vez na cidade. Ao longo da Rua XV há reforma e modernização das redes subterrâneas de água, esgoto, energia elétrica, telefonia e telecomunicações. Depois, a instalação de novo piso, paisagismo e troca do mobiliário urbano. A central de monitoramento de TV foi montada no posto construído na Praça Osório, sofreu reforma de paisagismo e ganhou centro poliesportivo.

Ao longo do ano, a prefeitura também incentiva a revitalização do eixo formado pelas ruas Barão do Rio Branco e Riachuelo, visando a preservação do patrimônio arquitetônico ali existente.

2001 - 31 de março - Dentro da programação dos 307 anos da cidade, Cassio entrega à população nova Rua XV e a Praça Osório, além do conjunto que abriga cafés, lanchonetes, bancas de revista e a Boca do Brilho, onde trabalham os lustradores de calçados.

Reeleito, o prefeito Cassio Taniguchi anuncia a política de revitalização de imóveis históricos centrais, complementando o programa iniciado há 30 anos.

As propostas incluem a velha capela do antigo Colégio Santa Maria, em ruínas, na esquina das ruas Conselheiro Laurindo e Marechal Deodoro; a Casa Hoffmann, destruída por um incêndio, defronte ao Memorial da Cidade, na Rua Claudino dos Santos, e o imóvel que foi sede das Óticas Curitiba, na Rua Monsenhor Celso, entre outros.

Na proposta, a capela abriga a Camerata Antiqua, da Fundação Cultural; a Casa Hoffmann, a Escola de Dança de Curitiba, e as Óticas Curitiba, um Liceu e central de monitoramento da área central, da Polícia Militar. A reforma do casarão no Setor Histórico iniciou-se no final do ano.

Março de 2002 - Começam as obras de revitalização de dois imóveis históricos: as Óticas Curitiba, na Rua Monsenhor Celso - uma edificação de 1919, e a Casa Hoffmann, a primeira construída pelo imigrante austríaco Hilário Hoffmann, em 1879, na Rua Claudino dos Santos (Setor Histórico). Os recursos para a reforma são do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU), do Governo do Paraná.

Março de 2003 - O prefeito Cassio Taniguchi participou da reunião mensal da diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, quando apresentou o projeto do novo eixo metropolitano de transporte que será implantado na BR-116 antiga 476. A proposta da Prefeitura é transformar a rodovia numa grande avenida, com empresas de comércio e prestação de serviços ao longo dos 25 km de trecho urbano. "Esse projeto vai mudar substancialmente a estrutura urbana da cidade", afirmou Cassio.

Com as obras de urbanização e a implantação de linhas rápidas de biarticulados na nova avenida, a tendência é que as margens da rodovia comecem a atrair a instalação de lojas, shoppings, mercados, escritórios e residências, formando um novo corredor para o crescimento econômico da cidade.

As obras de urbanização da rodovia vão começar no segundo semestre. A primeira etapa do trabalho será a revitalização do trecho Sul da BR-116, numa extensão aproximada de 11 quilômetros, que vai do Pinheirinho ao centro da cidade.

Personagens da Rua XV em Curitiba.
Temos muitos personagens nesta cidade, uma delas é a "Mulher da Cobra" ou "Borboleta 13" que vende bilhetes de loteria. Temos também a "Estátua Branca" que com poucos movimentos atrai turistas ganhando o seu sustento. Há outro, que percorre o calçadão com gritos, fugido certamente do hospício, ergue e abaixa sua maleta, protestando contra o mundo. O "Mímico" também distrai os transeuntes que por alí trafegam. Imitando cada um, com sua habilidade, diverte os que sentados nos barzinhos tomam um chopinho sentado, vendo o tempo passar. Também temos o "Mineiro do Gato Mia" que batendo em uma caixa ou um saco, com um apito em sua boca, faz "miar" o gato, assim, vendendo o seu apito. Não esquecendo do "Óil Man" que em sua bicicleta vestido somente de uma sunga e o corpo envolto em óleo, em dias de frio e calor, percorre a cidade e o litoral com suas pedaladas. Até no Jô Soares já foi entrevistado. Personagens estes, que merecem esta matéria no Portal Turismo Informativo!

Teatros de rua ocorrem com naturalidade, o Festival de Teatro tem todo ano e também rodas de capoeira, músicos tocando sax, violão ou acordeon. As apresentações são durante o dia e quando a noite cai, a Rua XV fica iluminada e o trânsito de pedestres continua com segurança.

Venham conhecer nossa cidade onde o dia e a noite imitam a arte. Cidade abençoada. Apareçam!

domingo, 16 de novembro de 2014

Inauguração da agência do Banco do Brasil em 19.02.1976.

São José dos Pinhais

 
Baile infantil no São José Esporte ClubeBaile de carnaval infantil na década de 60 no São José Esporte Clube.Central 

 
telefônica de São José na década de 60.
Detalhe: A cidade tinha apenas 25 telefones, vamos ver quem lembra o nome dos proprietários e respectivos números.
01-Pref.Municipal
03-Industria Senegaglia
13-Industrial Tecnica Cruzeiro
16-Vaccari Ferragens


 

Panoramica de São José dos Pinhais em 08/11/1946.










Campina Grande do sul




Em 1666, surgiu o povoado Campina Grande. Era uma pequena região que pertencia ao Município de Arraial Queimado (Bocaiuva do Sul). Em 1873, foi criado a freguesia (nome dado a um povoado quando ele passava a ter a presença de um padre) de Campina Grande, com a invocação de São João Batista. Em 1880, a vila de Campina Grande passou a chamar-se Vila Glycerio. Em 1881, os moradores da Vila Glycerio fizeram um movimento pedindo a mudança do nome da localidade, que voltou a ser chamada de Vila da Campina Grande. Em 1883, a freguesia de Campina Grande foi elevada à categoria de vila (local em que ficava a sede do governo do município), desmembrando-se do município de Arraial Queimado. No dia 22 de março de 1884, foi instalada a Câmara Municipal da Vila da Campina Grande e foram eleitos os primeiros vereadores. Em 1892 foi eleito o primeiro prefeito, Tenente José Eurípedes Gonçalves. Em 1939, o Município de Campina Grande foi extinto e a região passou a ser Distrito, em parte de Piraquara e em parte de Bocaiúva do Sul. Em 1943, pela Lei n° 199 de 30 de dezembro, o nome de Campina Grande foi mudado para Timbú, continuado a ser distrito do município de Piraquara. A partir de 1951 , com a Lei n° 790, a região voltou a ser município, ainda com o nome de Timbú. Em 1956, por reivindicação da população, o município recebeu o nome de Campina Grande do Sul.

http://www.campinagrandedosul.pr.gov.br/site/index.php?pg=historia

A primeira motorista de ônibus de Pinhais

Pinhais também se fez com os trabalhadores nas mais diversas atividades, bem como aqueles que trabalham com transporte e atendimento ao público. A primeira motorista de ônibus de Pinhais é Maria Isabel de Castro, que nasceu em 18 de outubro de 1937 e é da família dos Bimba, seu pai é Pedro Pinto de Castro.
Ela veio para a região quando tinha 13 anos e mora há quase 40 anos na casa no bairro Centro, onde forneceu a entrevista para a equipe. “A gente tinha o ônibus, que foi o primeiro que fez a linha Curitiba-Piraquara, era a Autoviação São Pedro. Era do meu pai, e nós abrimos a linha também, porque não havia nada nessa região”, comenta.
Maria Isabel chegou a dirigir o carro logo quando a linha começou a se constituir. A família morava onde é o Itaú atualmente. “Eu nasci em Piraquara e quando eu tinha 18 anos começou a linha, então eu tirei carteira e comecei a dirigir”, lembra.
Para tirar carteira antigamente, se aprendia a dirigir e só depois se fazia o teste. “Aprendia a dirigir por conta, em casa. Não era tão rigoroso quanto agora. A minha era transporte de cargas e passageiros a D, chamava-se a carteira profissional”, diz.
Naquela época, não era preciso ter uma empresa de transporte, como é hoje em dia. “Meu pai apenas comprou o ônibus e abriu a linha. Passava as seis da manhã, meio dia e seis da tarde. Nós tivemos dois ônibus, só depois é que aumentou. A Expresso Azul só comprou bem depois”, relata.
Maria sempre ia dirigir acompanhada de seu pai. “Sabe como é, eu era mulher e nova, então meu pai não ia soltar um ônibus assim na minha mão,  e com passageiro. Então um pouco a gente dirigia, um pouco a gente cobrava. Além de nós dois, tinha ainda um motorista, mas a maior parte era a gente que fazia”, completa Maria.
Maria Isabel, uma amiga e o pai em frente ao ônibus do "Bimba"
Antes do ônibus só havia o trem. “Quando a gente fazia Curitiba-Piraquara, tinha que parar lá em uma casa, em Piraquara. Mas era tudo muito precário, e meu pai não conseguiu manter a empresa dele. Ele queria as coisas do jeito dele. E tínhamos que trabalhar muito para sobreviver. Chegou uma hora que ele não conseguiu mais manter a empresa, não conseguiu acompanhar o desenvolvimento. Como ele não queria se associar a ninguém, decidiu vender a empresa”, conta.
Ela relata que eles utilizavam a estrada do encanamento. “Havia uma porteira ali embaixo, aonde hoje tem uma casa da Sanepar. Sempre tínhamos que abrir essa porteira, a estrada era muito ruim. As vezes o ônibus encalhava e tínhamos que rebocar. Depois a empresa começou a crescer, havia mais funcionários, e o ônibus já estava sucateado, nós não tínhamos como comprar novos. O dinheiro que entrava mal dava para manter a família”, relembra Maria.
Ela destaca algumas diferenças de como é atualmente e como funcionava na sua época. “Fico com raiva desses ônibus que deixam a gente no ponto. Naquele tempo, eu sempre brinco, a gente quase batia na porta das pessoas perguntando se iam para Curitiba. Claro que não fazíamos isso. É que não tinha quase ninguém, e poucos usavam ônibus. Iam de carroça, especialmente os colonos que levavam a produção”, relembra.
“No nosso ônibus andava galinha, cachorro, tudo que tivesse que levar a gente ia levando, não tinha regras. Era do meu pai apenas, não tinha nenhum apoio da prefeitura”, diz.
Carteira de motorista de Maria Isabel
Maria conta que até hoje dirige e que tem carro próprio, mas ela teve catarata. “O Detran cassou minha carteira porque eu não enxerguei as letrinhas no teste. Eu fiquei cinco anos com carro e tendo que pedir pra alguém me levar para os lugares”, conta Maria.
Desde então ela continuou lutando contra a doença, consultou um oftalmologista e realizou exames. “Ele me receitou um óculos e então consegui passar e estou dirigindo novamente. A minha continua sendo carteira profissional, a D, e tenho que renovar de três em três anos”, comemora. Ela conta que nunca bateu um veículo, só uma vez que bateram no seu carro quando ela estava estacionada próximo a sua casa.
Texto: Danielle Mei
Colaboração: Stela Piardi e Ana Paula Melo
Fonte: entrevista concedida por Maria Isabel de Castro ao Projeto Identidade Pinhais no dia 05 de agosto de 2010
http://idpinhais.wordpress.com/page/4/