sábado, 30 de novembro de 2013
Avenida Senador Salgado Filho
ma das ligações com o município de São José dos Pinhais, a “Salgado Filho” possui intenso tráfego de veículos em ambos os sentidos, ou seja, em direção ao Prado Velho em virtude da PUC-PR e para se chegar ao Centro de Curitiba ou para o deslocamento até a cidade vizinha. A grande quantidade de pontos comerciais e a concentração de lojas de autopeças usadas também contribuem para que a via receba uma grande quantidade de veículos em todo a sua extensão que é de aproximadamente 8.000 metros.
Os imóveis, ao longo dos três bairros que a avenida atravessa, possuem uma grande diversidade de finalidades que vão desde condomínios comerciais e lojas, até condomínios residências e as tradicionais residências com grandes jardins e amplas calçadas. Próximo ao final da via existem algumas áreas que se assemelham a pequenas chácaras em meio ao imobiliário urbano.
São muitos os pontos em destaque desta via de 8.000 metros, mas podemos citar algumas que tem importantes ligações com a comunidade, como por exemplo (em sua extensão ou nas proximidades):
Mas a tranquilidade desta estrada mudou em 1899. Neste ano a prefeitura de Curitiba inaugurou, mais precisamente em 2 de setembro, o primeiro Matadouro Municipal e assim a rotina foi alterada quando os fazendeiros traziam, em grandes boiadas, seu gado a fim de serem abatidos. O matadouro funcionou até o ano de 1964, quando foi fechado em virtude de um acidente que comoveu os curitibanos. Um vizinho do matadouro morreu quando foi perseguido e pisoteado por um boi. Neste mesmo endereço, anos mais tarde, funcionou a ASSOMA (Associação dos Meninos de Curitiba), desativado no ano de 2008 e em 2010 o antigo e primeiro Matadouro Municipal é uma unidade do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Nas primeiras décadas do século XX o comércio começou a despontar a beira desta estrada e assim a região começou a crescer, ganhando novos moradores. As olarias da família Mehl transportavam, em carroças de oito cavalos, seus produtos para o centro da capital, enquanto os tropeiros rumavam em direção a “São José” e o estado vizinho juntamente com as carroças de cereais dos colonos que habitavam a região.
Foi neste ambiente que em 1937 o descendente de ucraniano, Paulo Spak, transferiu seu comércio inaugurado no Umbará em 1934 e deu início a mais um estabelecimento de secos e molhados a beira da estrada. Nesta época, além de atender aos viajantes, Paulo também tinha como clientela os novos moradores do bairro Boqueirão, pois antes da abertura e pavimentação da Avenida Marechal Floriano Peixoto, o melhor caminho deste bairro para o centro da cidade era pela estrada de “São José”. O Armazém de Secos & Molhados Santa Ana, de Paulo Spak e Julia Zielonka atravessou o tempo e resistiu à concorrência do comércio modermo e continua lá, atendendo não mais tropeiros e viajantes, mas agora curitibanos e turistas que “visitam” o antigo comércio a procura de produtos a granel e para conhecerem como era este tipo de estabelecimento em meados do século passado.
Em julho de 1950 um fato ocorrido a quilômetros de Curitiba mudaria a história da antiga estrada. Em 30 de julho deste ano morreu o senador gaúcho Salgado Filho, que pereceu em uma acidente aéreo em seu estado natal. Menos de um ano da morte do senador, em 23 de fevereiro de 1951 a cidade de Curitiba batizou a velha estrada de Avenida Senador Salgado Filho como forma de homenagem ao político que ocupou a pasta ministerial do Trabalho e Aeronáutica, alem de ter ajudado na criação da Força Aérea Brasileira.
Em 1957 a recente Avenida Senador Salgado Filho recebeu pavimentação asfáltico e assim deixou para trás aquele aspecto de velha estrada de chão que contribuiu para o crescimento e o progresso de dois importantes bairros curitibanos: o Guabirotuba e o Uberaba e agora, nos primeiros anos do século XXI, é uma das principais vias de Curitiba e a principal referência da região sudeste da capital.
Os imóveis, ao longo dos três bairros que a avenida atravessa, possuem uma grande diversidade de finalidades que vão desde condomínios comerciais e lojas, até condomínios residências e as tradicionais residências com grandes jardins e amplas calçadas. Próximo ao final da via existem algumas áreas que se assemelham a pequenas chácaras em meio ao imobiliário urbano.
São muitos os pontos em destaque desta via de 8.000 metros, mas podemos citar algumas que tem importantes ligações com a comunidade, como por exemplo (em sua extensão ou nas proximidades):
- Horto Municipal do Guabirotuba;
- Instituto Federal do Paraná – IFPR (Este local já foi a ASSOMA - Associação dos Meninos de Curitiba, desativado em 2008 e foi o primeiro Matadouro de Curitiba, inaugurado em 1899 e desativado em 1964);
- Escola Estadual Prof. Elysio Vianna;
- SOCIESC – Educação e Tecnologia;
- Igreja Presbiteriana do Brasil no Guabirotuba;
- Cartório Distrital do Uberaba;
- Sociedade Beneficente Recreativa e Esportiva Bola de Ouro (uma das mais antigas sociedades de Curitiba);
- Armazém Santa Ana (o único exemplar original de armazém de secos & molhados ainda em atividade de Curitiba);
- Centro de Especialidades Salgado Filho;
- Parque do Iguaçu.
História
A velha e pacata estrada para São José dos Pinhais era a principal ligação entre a capital da província e a então Villa que outrora fora chamada de Arraial Grande. Este caminho era também a ligação com a província vizinha de Santa Catarina e que em meados do século XIX recebia poucos e destemidos viajantes e tropeiros que para vencerem a distância entre as duas cidades levava-se, dependendo das condições do tempo, dois dias.Mas a tranquilidade desta estrada mudou em 1899. Neste ano a prefeitura de Curitiba inaugurou, mais precisamente em 2 de setembro, o primeiro Matadouro Municipal e assim a rotina foi alterada quando os fazendeiros traziam, em grandes boiadas, seu gado a fim de serem abatidos. O matadouro funcionou até o ano de 1964, quando foi fechado em virtude de um acidente que comoveu os curitibanos. Um vizinho do matadouro morreu quando foi perseguido e pisoteado por um boi. Neste mesmo endereço, anos mais tarde, funcionou a ASSOMA (Associação dos Meninos de Curitiba), desativado no ano de 2008 e em 2010 o antigo e primeiro Matadouro Municipal é uma unidade do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Nas primeiras décadas do século XX o comércio começou a despontar a beira desta estrada e assim a região começou a crescer, ganhando novos moradores. As olarias da família Mehl transportavam, em carroças de oito cavalos, seus produtos para o centro da capital, enquanto os tropeiros rumavam em direção a “São José” e o estado vizinho juntamente com as carroças de cereais dos colonos que habitavam a região.
Foi neste ambiente que em 1937 o descendente de ucraniano, Paulo Spak, transferiu seu comércio inaugurado no Umbará em 1934 e deu início a mais um estabelecimento de secos e molhados a beira da estrada. Nesta época, além de atender aos viajantes, Paulo também tinha como clientela os novos moradores do bairro Boqueirão, pois antes da abertura e pavimentação da Avenida Marechal Floriano Peixoto, o melhor caminho deste bairro para o centro da cidade era pela estrada de “São José”. O Armazém de Secos & Molhados Santa Ana, de Paulo Spak e Julia Zielonka atravessou o tempo e resistiu à concorrência do comércio modermo e continua lá, atendendo não mais tropeiros e viajantes, mas agora curitibanos e turistas que “visitam” o antigo comércio a procura de produtos a granel e para conhecerem como era este tipo de estabelecimento em meados do século passado.
Em julho de 1950 um fato ocorrido a quilômetros de Curitiba mudaria a história da antiga estrada. Em 30 de julho deste ano morreu o senador gaúcho Salgado Filho, que pereceu em uma acidente aéreo em seu estado natal. Menos de um ano da morte do senador, em 23 de fevereiro de 1951 a cidade de Curitiba batizou a velha estrada de Avenida Senador Salgado Filho como forma de homenagem ao político que ocupou a pasta ministerial do Trabalho e Aeronáutica, alem de ter ajudado na criação da Força Aérea Brasileira.
Em 1957 a recente Avenida Senador Salgado Filho recebeu pavimentação asfáltico e assim deixou para trás aquele aspecto de velha estrada de chão que contribuiu para o crescimento e o progresso de dois importantes bairros curitibanos: o Guabirotuba e o Uberaba e agora, nos primeiros anos do século XXI, é uma das principais vias de Curitiba e a principal referência da região sudeste da capital.
Matadouro Municipal do Guabirotuba
om o crescente desenvolvimento populacional de Curitiba nas últimas décadas do século XIX, decorrente, principalmente dos imigrantes europeus que se estabeleceram nas inúmeras colônias ao redor da cidade, propiciou o aumento no abate e consumo de carnes suínas e bovinas na região. Como forma de melhorar a qualidade deste insumo, a Prefeitura Municipal de Curitiba propôs na criação de um lugar único para o sacrifício dos animais e deste modo iniciou, em 1898, a construção do primeiro Matadouro Municipal.
Entre os vereadores, a opinião era de que o local deveria ser longe da cidade, de fácil acesso e que fosse servido de um rio em suas proximidades e assim o terreno escolhido foi no longínquo bairro Guabirotuba com o Rio Belém e a estrada para São José dos Pinhais (atual Avenida Senador Salgado Filho) sendo utilizados para o bom desenvolvimento dos serviços.
O empreiteiro escolhido para a obra foi Joaquim Belarmino de Bittencourt que entregou o matadouro em agosto e a inauguração ocorreu no dia 2 de setembro de 1899 1 . A partir desta data os criadores foram obrigados a deslocar seus animais até o Guabirotuba e assim a prefeitura não só controlaria a qualidade da carne como regulamentaria todo o comércio deste insumo no município.
Passados alguns anos o prédio do Matadouro sofreu algumas alterações e recebeu a ASSOMA (Associação dos Meninos de Curitiba) e a mesma fechou as portas em 20083 .
Atualmente (2010) o prédio é utilizado pelo IFPR (Instituto Federal do Paraná).
Entre os vereadores, a opinião era de que o local deveria ser longe da cidade, de fácil acesso e que fosse servido de um rio em suas proximidades e assim o terreno escolhido foi no longínquo bairro Guabirotuba com o Rio Belém e a estrada para São José dos Pinhais (atual Avenida Senador Salgado Filho) sendo utilizados para o bom desenvolvimento dos serviços.
O empreiteiro escolhido para a obra foi Joaquim Belarmino de Bittencourt que entregou o matadouro em agosto e a inauguração ocorreu no dia 2 de setembro de 1899 1 . A partir desta data os criadores foram obrigados a deslocar seus animais até o Guabirotuba e assim a prefeitura não só controlaria a qualidade da carne como regulamentaria todo o comércio deste insumo no município.
O fim do Matadouro e as outras instituições
Com o advento do Matadouro, a região do Guabirotuba cresceu e este crescimento proporcionou, com o passar do tempo, certo incomodo aos moradores próximos da antiga estrada para São José dos Pinhais. A estrada era invadida, constantemente, por rebanhos de animais que alem de atrapalhar o “trafego”, ajudava a sujar a via. Porventura, um fato que ocorreu no ano de 1964 determinou o fechamento do Matadouro. Em novembro deste ano um morador, da já batizada Av. Sen. Salgado Filho, morreu pisoteado por um boi e assim o Poder Público determinou o fim do deslocamento de animais na região e consequentemente a prefeitura fechou aquele que foi o primeiro Matadouro da cidade2 .Passados alguns anos o prédio do Matadouro sofreu algumas alterações e recebeu a ASSOMA (Associação dos Meninos de Curitiba) e a mesma fechou as portas em 20083 .
Atualmente (2010) o prédio é utilizado pelo IFPR (Instituto Federal do Paraná).
Imagens
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Em 1900
Veja no final do post os números da população do cartão acimaFoto: Acervo Aroldo Glomb |
Então continuamos seguindo a linha dos últimos posts!
Em 1909, a Praça Osório ficou mais verde com novas árvores perfiladas, além de monumentos. Neste período, os moradores seguiam pela nova praça até a Rua XV de Novembro, endereço da moda com alfaiates, joalherias e presentes em geral. Os cafés começaram a surgir e a rede hoteleira começa a ganhar mais força. Mais adiante, entre 1913 e 1914, o prefeito Cândido de Abreu tratou de colocar um relógio que foi doado pela comunidade e erguido em um pedestal de granito. Esse foi, durante anos, o horário oficial da cidade.
Já na década de 20, os dois primeiros prédios da Avenida Luís Xavier cortam a paisagem: Palácio Avenida (idealizado pelo imigrante libanês Feres Mehry e hoje é a sede do HSBC) e o Edifício Garcez (primeiro "arranha-céu" de Curitiba e que era uma homenagem ao seu construtor, engenheiro e prefeito João Moreira Garcez). O Garcez foi durante um tempo o terceiro edifício mais alto do Brasil com seus surpreendentes oito pavimentos e hoje abriga a Facinter.
Seguimos no próximo post com mais e mais e mais...
População da Curitiba de antigamente
1780 – 2.949 habitantes
1857 – 10.000 habitantes
1858 – 11.313 habitantes
1872 – 11.730 habitantes
1890 – 24.553 habitantes
1900 – 50.124 habitantes
Passeio Público de Curitiba
Passeio Público tinha barquinhos para namorar!Foto: Acervo: Marilia Guimarães Lima |
Fica ali entre o Mueller e o Círculo Militar circundado pelas ruas Carlos Cavalcanti, Presidente Faria, João Gualberto e Luiz Leão. Antigamente ali era um verdadeiro charco, como tantos que faziam da nossa cidade a famosa “sapolândia”.
O pântano acabou quando o Comendador Francisco Fasce Fontana - que fez fortuna com o mate – doou o terreno já saneado em dois de maio de 1886 para a municipalidade. A área verde no meio da cidade foi de certa maneira pioneira e não demorou muito para virar um dos novos símbolos da capital.
Os dois portais que ainda resistem nos dias atuais foram inspirados na entrada do cemitério dos cães de Paris. Na época acreditaram que ninguém iria notar a semelhança e o projeto do arquiteto Frederico Kichgässner foi concluído.
Ao longo dos anos o local foi palco de vida boêmia com o famoso restaurante Pasquale e a sua feijoada tradicional, os concertos musicais – até mesmo o grupo A CHAVE, dos anos setenta, a primeira banda de Ivo Rodrigues futuro Blindagem – e encontro de namoro nos passeios de pedalinhos no então não poluído córrego artificial.
O zoológico da cidade funcionou meados da década de 80, mas ainda hoje é possível ver macacos, aves raras e pequenos roedores nas suas dependências, além de cágados e um simpático pelicano.
Vale dar uma voltinha lá e ver a Ilha da Ilusão que, em 20 de agosto de 1911, acabou coroando Emiliano Perneta como o “príncipe dos poetas paranaenses”.
Em tempo: Tome cuidado com os pertences pessoais quando o sol baixar.
Em tempo 2: Se o Batel tem coração, onde seria o fígado?
Neve em Curitiba nos anos 20!
Passeio Público e a sua tranquilidade de outros tempos...
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
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